“Estudos morfoanatômicos, metabolômicos e
moleculares como subsídios à sistemática de espécies de Asteraceae e acesso ao
seu potencial farmacológico”
O
projeto temático está organizado em três subprojetos cuja meta principal é ampliar os conhecimentos
morfoanatomicos e metabolômicos das Asteraceae esclarecendo a filogenia de dois
importantes grupos, além de levantar o potencial farmacológico das espécies
escolhidas através de ensaios anti-inflamatórios in vitro. A escolha das tribos Heliantheae e Vernonieae
baseou-se no fato de serem grupos bastante representativos no Brasil de dois
ramos muito distintos dentro de Asteraceae. Muitas das espécies escolhidas são
endêmicas, ocorrentes em áreas de Cerrado, e com risco de serem extintas antes
mesmo de serem realizados estudos biológicos e químicos com as mesmas. Da tribo
Heliantheae foi escolhido o gênero Viguiera
Kunth.* com elevado número de espécies, classificação taxonômica complexa e
problemas de delimitação. A revisão taxonômica das espécies que ocorrem no
Brasil foi realizada em 2006, pela integrante da equipe Dra. Mara Magenta, que
levantou a necessidade de estudos com marcadores moleculares associados aos
estudos morfoanatomicos e químicos para o entendimento da filogenia desse
grupo. Da tribo Vernonieae foram eleitas espécies da subtribo Lychnophorinae e
um gênero monoespecífico relacionado, considerado grupo irmão de Lychnophorinae. A escolha baseou-se nos resultados preliminares de filogenia
molecular e na dificuldade para o delineamento
filogenético do grupo pelo doutorando
Benoit Loeuille, sob a orientação do Prof. José R. Pirani. A busca de
novas entidades químicas em plantas de importantes biomas brasileiros como o
Cerrado para o uso na terapêutica pode contribuir para a sustentabilidade do
país, podendo gerar renda em pequenas comunidades de regiões pouco favorecidas
onde crescem e se desenvolvem as espécies previstas no presente projeto.
*Recentemente, Schilling & Panero (2011) transferiram todas as espécies de Viguiera da América do Sul para o gênero Aldama La Llave com base em análises moleculares de ITS, ETS e cpDNA. Porém, faltam combinações para algumas espécies brasileiras e a circunscrição .
*Recentemente, Schilling & Panero (2011) transferiram todas as espécies de Viguiera da América do Sul para o gênero Aldama La Llave com base em análises moleculares de ITS, ETS e cpDNA. Porém, faltam combinações para algumas espécies brasileiras e a circunscrição .
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